Talvez o fim. (Parte III)

A menina foge de tudo, aquela sensação de um leve arrepio a passar-lhe pelo corpo, torna-a fraca perante o menino. Essa menina não tem culpa, tudo lhe acontece, simplesmente, ela deveria ter fugido logo, encarar aqueles momentos só a tornou gananciosa, quis mais, mais que alguma vez pudera ter, e isso, sim, fez com que uma pequena distância, se torna-se num buraco sem fim.
Talvez o menino se tivera cansado, talvez aquela fora a altura de só a menina agir, seja como for, a menina não o fez, deixou murchar aquela amizade, guardou os momentos nos sonhos, sem deixar que estes se soltassem. Depois de tanto tempo, depois de tantos segundos, depois até do fim, nada mudou, ficou tudo preso nos eternos sonhos da menina. Ficou tudo guardado num intenso suspiro. E agora que chora angustiosamente não sabe se o fim foi o final da história, ou se ou se esta história será sentida eternamente, então, para ela pergunta “Terá o menino a deixado para outra menina?”

Talvez o fim... ( Parte II )

A menina já não tem aquele sabor especial em conquistar o menino, o menino tornou-se frio, distante, congelou o seu pequeno coração, fechou-o num cofre para que nunca ninguém o alcança-se, mas PORQUÊ?! Terá alguém ferido aquele ponto, talvez fraco, sensível, terá alguém desperdiçado a fantástica oportunidade de conhecer aquele espaço, aquele ser, terá alguém chegado lá? Não vale a pena tentar, aquele coração está muito bem guardado por inúmeros monstros, criaturas que não reconhecem o amor de uma menina perdidamente apaixonada, ficaram lá para que ninguém consiga despertar aquele inocente sentimento, aquele que a menina quer conhecer, aquele lado escondido que tanto quer descobrir.
A menina cansou-se, escondeu-se. A sua vontade, a sua esperança esgotara-se. Já não houvera espaço para ela no coração do menino. Tudo o que o menino ofereceu fora usado por alguém, a menina nunca desistira, seria um grande passo, uma dura fase.
Claro que ela nunca esqueceria tudo o que sonhou, aqueles momentos que tivera junto a ele. Uma parte do seu amor pelo menino iria continuar junto a ela, nunca conseguiria eliminar, no fundo, ele ficaria sempre no seu coração. O seu maior desejo fora esse, mas que nunca acontecera, tudo mudara em tão pouco tempo, tudo ficara distante, até mesmo o menino…

Talvez o fim. ( Parte I )

Agora que a menina se olhou, não se reconheceu, não se sentiu em si, está longe de si. Olha prá sua cara, não é ela. Vê uma cara triste, desiludida. A sua cara devia ser erguida, confiante, forte, mas não, não tem essa face, está mesmo fora de si, só quer, pelo menos, conhecer essa nova pessoa, quer saber quem ela é! Porque não é a menina, não é ela!
Não conseguira nada, simplesmente se afogara numa coisa sem sentido, sem fim, que não a levou a lado nenhum, não a fez feliz! É muito difícil, não se sentiu nem preparada, nem destemida pra isso, foi fraca demais pra desistir, talvez, seja, na verdade, forte demais pra desistir de uma coisa que quer tanto, não consegue.